In The Room

Ahem, a justiça tarda mas não falha...eu demoro um pouco mas posto =D

Enfim, sem muito o que falar...não foi o meu melhor capitulo ;D
Gente, se der uma grande zebra não briguem, estou influenciado por essa onda de coisas depressivas surgindo pra todo lado xD

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Capitulo 6


Izaak estava sentado ao lado da cama, as horas passavam e ele nem ao menos percebia. A única coisa com o que ele parecia preocupado era com segurar a mão de sua esposa, o quarto era simples uma cama nada confortável, diversos aparelhos médicos que uma pessoa não sabe qual a utilidade deles, isso incluía aquele que faz barulho e mede os batimentos do coração, havia o banheiro, sempre limpo pela falta de uso. O corredor permanecia em silencio ninguém nem mesmo uma enfermeira pareceu passa por aquele corredor, isso proporcionou o ambiente perfeito para que Izaak se debruçasse sobre a cama segurando a mão de sua mulher e dormisse, não foi um sono tranqüilo, na verdade foi bem conturbado, talvez fosse pela posição ou talvez pelo ambiente. Mas a única coisa que ele sabia ao conseguir abrir seus olhos era de que o horário de visita já havia terminado e ele estava infringindo as leis rigorosas do hospital, mas ele estranhava o fato de ninguém ter vindo lhe chamar ou a ausência de enfermeiras naquele andar. A porta se abriu:

- Ahn? Um minuto. –Disse com a voz embargada de sono, olhando para a silhueta que se formava contra a luz.

- ... – Foi a única resposta que veio da pequena sombra formada contra a luz, ela parecia querer se esconder atrás da porta. Definitivamente não parecia com um dos funcionários do hospital.

- Está perdida criança? – Disse com um sorriso breve, estava pensando se os pais estavam procurando por ele ou se era uma paciente. – Precisa de alguma coisa?

Dita essa frase a garota entrou no quarto, fechou a porta logo atrás de si e se deitou na cadeira de dois lugares desconfortável de baixo da janela.

- Olha, eu não disse de verdade se quer algo, mesmo porque não tenho nada que dar pra você...nem bolacha nem algum suco, ela não precisa disso,entende? – Apontava para a mulher deitada.

Ela sorriu, seus olhos verdes pareciam brilhar naquela penumbra do quarto, ela balança a cabeça em um sinal de compreensão ao fato. Ele ergueu a mãos para o teto e começou a brincar com as formas que o forro do teto lhe apresentava, parecia concentrada nisso. Izaak pensou que não faria mal a garotinha ficar no quarto alem do mais ele poderia ficar mais tempo com sua esposa desfalecida, apertava sua mão com força e olhava para cada detalhe em seu rosto, sempre o mesmo com aquela expressão vazia. Não podia conter o sentimento de tristeza que surgia dentro dele.

- Você e amigo do meu pai? – Disse a garota resgatando Izaak de seus pensamentos.

- Quem e o seu pai? – Respondeu logo em seguida a pergunta. Depois se corrigiu – Quem e você?

- Eu sou Selena, mas o meu pai o senhor deve conhecer....senão e não ia ter falado pra esperar por ele aqui. – Disse num to de displicência e um pouco menos retraída do que antes.

O homem ficou olhando para a garotinha enquanto ponderava, as imagens vinham na sua mente mas todas sem sentido, aquela não poderia ser a filha do Gary, porque nem casado ele era e também não sabia das visitas regulares de Izaak. Silencio tomou o quarto, a pequena Selena brincou com um pouco de saliva em sua boca, formando uma película entre os lábios depois assoprando formando uma bolha de saliva, nada muito poético mas pelo menos possuía uma ótima simetria.

- Olha, porque seu pais disse pra você esperar por ele aqui? – Disse não conseguindo conter a curiosidade, alem de querer saber quem era o pai da pequena Selena.

Ela parecia concentrada na bolha, que refletindo a luz do lado de fora ganhava diversas cores diferentes todas as que estava acostumado ao ver a luz ser refletida. Observou atentamente e viu o que lembrava uma rua e pessoas lá dentro.

- Ah. Ele sempre pede pra esperar por ele aqui. Claro que hoje eu cheguei mais cedo – Disse com um sorriso, enquanto esticava o braço e explodia a bolha seguido por um ruído quase inaudível. – Eu queria tentar fazer uma surpresa para ele. Ele nunca se atrasa sabe?

- Hum... – Olhava para a garota com mais curiosidade ainda, não se parecia com Gary ou qualquer outro, mas também se lembrava que o horário de visitas já havia terminado, quem ia pedir pra uma criança esperar sempre a essa hora? Ele olhou para a janela as luzes automáticas do corredor se apagaram, ficando apenas o abajur próximo a cama de Lorelai – Ele sempre se encontra com você a essa hora?

- Sim, agente fala com essa moça deitada ai. – Disse uma voz infantil vindo da penumbra, sabia onde ela estava. Mas a voz parecia não vir daquele lugar.

- O que? – Disse enquanto se levantava de sua cadeira, soltando a mão da esposa com tudo. Os batimentos ficaram mais rápidos e os gráficos no aparelho mostraram isso. As luzes do lado de fora se acenderam de novo e passos foram ouvidos, lentos e fortes vindo do corredor. – Co...co...como a...assim?

A garota parecia ter pego no sono, mas não fazia mais do que alguns segundos que ele havia falado com ela. A porta do quarto se abriu de novo, dessa vez o vulto era de um homem. E ao olhar melhor reconhecia bem a fisionomia dele, havia sido abordado por ele a pouco tempo atrás.

- O que você faz aqui? – Disse olhando para Kholus.

- Papai. – Explodiu a voz da menininha no quarto, batimentos já pareciam abaixar. – Você se atrasou.

-Me desculpe Selena. – Disse ele caminhando e se abaixando do lado da filha deitada no sofá. Ignorando o homem que parecia estar um pouco transtornado com as discobertas.

Izaak se moveu em direção ao outro homem e o segurou pelo ombro, fazendo seu corpo se virar com força. A expressão do homem era vazia, e a sua pele um pouco mais pálido do que se lembrava dele. Soltou o homem ao sentir que a pele gelada estava passando pela roupa e chegando a sua, mas a sensação parecia cortar. Selena se virou da sua “cama” e olhou para o Kholus.

- Você se atrasou papai – Disse puxando a sua roupa.

Izaak estava assustado com a sensação e com a dupla a sua frente, começou a caminhar para trás. Ele tinha esse pavor, ver aquele rosto pálido e pele gelada mais parecia com um morto caminhando e falando. Kholus se ergueu e olhou para Izaak.

- Você não devia estar aqui. – Disse em um tom repreensivo.

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